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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Saltar "Las Pozas Calientes"

19 de Fevereiro 2012: Braga, Chaves, Manzaneda, Orense.
Saímos de Braga quando a manhã de domingo ia a meio.
O tempo continuava teimoso. Chuva nem vê-la!!!
Tomámos a N103 em direção a Chaves. O local combinado para nos encontramos com as equipas do E. e do V. que vinham do Porto e Grijó foi num restaurante, situado perto da ponte velha daquela belíssima cidade transmontana.
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À mesa, saboreando um gostoso cozido à portuguesa e um pernil de porco assado, pusemos a conversa em dia e afinámos os últimos pormenores para a jornada, que iríamos iniciar e que tinha como pontos principais: a estancia de esqui de Manzaneda, a cidade de Orense com os seus afamados banhos quentes e, por fim, a localidade de Lóbios.
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Uma coisa ficou logo definida: parar na primeira loja de chineses para que um dos companheiros comprasse uns calções de banho e pudesse, desse modo, ficar habilitado a frequentar as “pozas de águas calientes” de Orense.
À saída do restaurante e enquanto trocávamos as últimas impressões, uma figura simpaticamente castiça tomou-nos algum do nosso tempo, na tentativa de nos levar a refletir sobre o tema da obra – penso que literária - que transportava nas mãos: “ A arte de dar peidos”.
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“-Ele há cada um!!!” – pensei eu.

Ao fim de uma boa meia hora, de uma saudável e hilariante reflexão sobre tão pertinente tema, despedimo-nos agradecendo ao simpático ancião os seus votos de boa viagem e metemo-nos a caminho da fronteira com Espanha.
Como previsto, os calções foram comprados, mas quem os comprou não levou a certeza de que conseguiriam aguentar as altas temperaturas que os esperavam, depois de vestidos e testados…
Em Espanha, tomámos a A52 (sem portagens) em direção a Madrid para, umas dezenas de quilómetros depois, na zona de Gudiña, sairmos e metermos na OU533 que nos levou, serra dentro, ao destino da estância de esqui de Manzaneda.
Pelo meio, fomos brindados com o espetáculo ímpar de uma albufeira de águas azuis, pela majestosa parede de betão da barragem correspondente e até por um corço carnavalesco, numa das aldeias por onde passámos.
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Chegámos à estância de esqui de Manzaneda, quando a tarde já se deitava.
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Frio muito, gelo algum e neve quase nenhuma!!!
“- Fiz uma pesquisa na internet e obtive a informação de existência de neve com 45cm!!!!” – dizia um.
“- 45 cm!!!? Não seriam 4,5cm?” – questionou outro.
“- Ai centímetros, nem milímetros!!!... E só nos locais mais abrigados!!!” - conjeturava outro rindo.
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Demos uma volta pelas imediações e, “como a neve era tanta”, resolvemos partir para Orense.
Por volta das 20 horas, chegámos ao centro da cidade que, àquela hora se encontrava bastante movimentada e, após alguns enganos e outras tantas correções de rota, lá conseguimos encontrar o parque de estacionamento de Outariz (GPS: N42.34817 W7.91240).
Várias autocaravanas alinhadas, encontravam-se no local e, seguindo-lhes o exemplo, alinhámos as nossas também. Iriamos passar a noite ali.
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Enquanto as caras-metades faziam o jantar, fomos fazer o reconhecimento do espaço. À nossa frente, o rio Minho corria calmamente e logo notámos um vaivém de pessoas apetrechadas de toalhas que se dirigiam de e para o local onde, mais tarde, viemos a descobrir as procuradas “pozas de água caliente”.
Depois de um jantar agradável, animado e bem disposto, a curiosidade impeliu-nos a para um passeio digestivo que nos levou através de uma ponte crivada de cadeados cerrados, com juras de amores eternos e cujas chaves foram lançadas ao rio por aqueles que as juraram.
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Na outra margem do rio, o vapor de água subia misturando-se com o ar frio que se fazia sentir. Dentro das “pozas de água” alguns banhistas deleitavam-se, apreciando o sabor caloroso daquela água vulcanicamente aquecida.
Regressámos às Acs, com a vontade de lá voltar no dia seguinte para as apreciar devidamente e com alguém a prometer, com muitas ganas, que iria experimentar a qualidade dos calções “made in China”.

Segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012: Orense
A noite foi fria, mas nada que o aquecimento das Acs não conseguisse compensar.
A manhã voltou a acordar com um sol capaz de fazer inveja aos mais belos dias primaveris.
Apesar de, o parque de Outariz ser servido pela carreira de autocarro n.º 5 que faz a ligação com o centro de Orense, resolvemos deslocar-nos a pé para fazer a visita à cidade. Seguindo sempre pela margem do rio Minho, fizemos os seis quilómetros até ao centro histórico.
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No início da tarde não enjeitámos um frugal piquenique, num parque central da cidade e, por fim, fizemos o caminho de regresso, completando um total de cerca de treze quilómetros.
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Cansados, chegámos ao parque de estacionamento quando já passava do meio da tarde. Equipámo-nos com fato de banho e rumámos às poças de água quente, onde passámos uma hora num agradável banho com a água temperada a 41º.
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Constatação n.º 1: “Os calções aguentaram o 1.º teste.”
Numa palavra: “Fantástico”. – para o banho e também para os calções.
A noite tinha chegado quando voltámos para as ACs. Jantámos enquanto os portistas davam baile ao benfiquista (entenda-se… eu) porque o Vitória de Guimarães tinha ganho ao Benfica.
“Coisas que acontecem… mas não deviam acontecer…” – digo eu.
A caminhada e o banho fizeram-nos dormir que nem tordos até ao meio da manhã de terça-feira de carnaval.

Terça-feira, 21 de Fevereiro de 2012: Orense, Lóbios, Braga.
A vontade de dar um último banho bateu forte e lá voltámos às poças para mais meia hora de pelo molhado e esquentado.
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Constatação n.º 2: “Os calções aguentaram o 2.º teste!!!”
Colocou-se logo a questão: “- O calção comprado na loja do chinês deu pra dois, será que dá pra três?”
“- A ver vamos, em Lóbios!!!” – ficou a questão a pairar no ar.
O relógio não parava e tivemos que iniciar a viagem de regresso. Fizemo-lo rumando a Lóbios, também conhecida pelos seus banhos quentes.
Aí chegados, depois de uma breve visita à área de serviço existente, ainda só com capacidade para estacionamento e despejos de águas cinzentas.
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Seguimos depois para a zona dos banhos, onde almoçámos.
Encontravam-se ali várias ACs.
No tanque de banhos estavam alguns utilizadores mas, porque faltou a vontade ao dono do calção chinês e, por isso, o derradeiro teste não se fez.
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O que se fez, foi mais uma caminhada de oito quilómetros junto ao rio que nos proporcionou mais um belo passeio.
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Finalmente, como tudo o que é bom tem que acabar, quando a tarde se aproximava já do fim, despedimo-nos de Lóbios e, atravessando a fronteira do Lindoso, regressámos às nossas residências satisfeitos por termos aproveitado bem mais uns dias das nossas vidas.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Encontro/Convívio em Ponte de Lima

Encontro organizado pelo www.autocaravanismovirtual.com

Local do encontro: Ponte de Lima.
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Local de estacionamento: Margem esquerda do rio Lima (entre a ponte velha e a nova).
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Sexta-feira dia 3 de Fevereiro de 2012
Chegámos ao local de encontro combinado com os outros companheiros por volta das 20h15m.
Já lá se encontrava um frio de rachar e também o J. e o RC, acompanhados das suas caras/metade.
Como que de um ritual masoquista se tratasse, ali ficámos conversando ao frio. Entretanto chegou o SP e, após uma horita bem medida, com uma "pontualidade britânica " chegaram, devidamente acompanhados o V. e o E.
"Réu, béu, béu ... ai que frio... réu, béu, béu" e o ritual masoquista continuou, porque havia muita conversa para pôr em dia.
Depois de mais outra horita, lá nos decidimos e fomos dormir...

Sábado, dia 4 de Fevereiro de 2012.
Quando acordámos, verificámos que, durante a noite juntou-se ao grupo o RP com a esposa.
Ainda estava para chegar o F, o que viria a acontecer durante a tarde.
Ao todo 9 ACs.
Logo de manhã, formaram-se duas equipas:

Equipa 1:"Os loucos ases das máquinas de duas rodas com selins fatelas"
Equipa 2:"Os que não são loucos ases das máquinas de duas rodas com selins fatelas"

Programa da equipa 1:- Percurso em bicicleta pela ecovia entre Ponte de Lima e Ponte da Barca, ida e volta, num total de 30 kms.


Muito animados e transbordando adrenalina, os participantes foram-se aglomerando no local de partida e por volta das 10h30m foi dada a partida para a prova de ciclismo.
"Quanto estilo..."
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Comentário de um espetador ocasional: "Cá para mim, o tipo que está de canadianas acaba por chegar em primeiro lugar...
Comentário da redação: Soube-se depois que o coxo foi desclassificado e impedido de participar . Vá lá saber-se porquê !!! .

Aínda não tinham feito metade do percurso, alguns já com os mantimentos marchados, foi feita uma pausa para ajustes técnicos dos selins e respetivos afins, bem como das correspondentes afinidades.
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Desconhecendo quem tinha sido desclassificado, olhando para o longe, alguém perguntava:
"- E o coxo? Já passou?"

A tarde ía a meio quando, todos rotos das pernas e não só, " os loucos ases das máquinas de duas rodas com selins fatelas" chegaram, qual Lucky Luck após uma rude cavalgada, rumo ao sol-pôr .

Caros leitores, não se esqueçam que na localidade tinha ficado outro grupo.

Programa do grupo 2: "Os que não foram loucos ases das máquinas de duas rodas com selins fatelas:
Atividade 1: Pequeno-almoço descansado nas ACs,
Atividade 2: Visita à localidade:
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Atividade 3: Almoço aconchegado nas duquesas; café com digestivo (do bom) na EuroMobil do RC(e o digestivo também);
Atividade 4: Aula prática de nautimodelismo;
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"- Se a coisa tomba, bem fica lá! Com o frio que está nem penses que me meto na água para o ir buscar! - dizia o tipo de vermelho"

"- Se não fores tu, tenho que ir eu!- dizia o tipo de barba (o que está atrás), de modo altruísta"

Comentário da redação: "Vais tu, vais!! Conta-me histórias..."

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Estávamos a meio da aula de nautimodelismo quando, como que saídos do nada, quais "Manueis Ceguinos" fomos interrompidos com a chegada do primeiro ÁS das duas rodas.
Com ar de quem perdeu tudo pelo caminho e de que, se mais tivessem mais perdiam, lá foram chegando suados e a precisar de uns pensos de água fria, onde mais necessário fosse.

A noite aproximou-se:
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e, num restaurante da zona, atirámo-nos ao "Sarrabulho", até porque neste fim-de-semana decorria a Festa do Porco e do Sarrabulho.

Seguiu-se um passeio pela área da Expolima, onde pudemos apreciar uma grande panóplia de produtos artesanais relacionados com o porco e a porca.
A noite foi avançando, o frio também e, deambulando pelas ruas históricas da localidadde descobrimos a "Tasquinha das fodinhas", conhecida pela utilização de nomes brejeiros para os produtos de consumo usuais numa tasca.
A maioria, para aquecer e carregar baterias para a noite fria do exterior, optou por uma tijelinhas de vinho branco que, naquele espaço tinham um nome capaz de fazer corar o padre cura e que, nesta altura  não seria nada conveniente lembrar.
No caminho para as Acs, ainda nos detivemos, mais uns momentos, assistindo à atuação de um grupo de música popular, onde não faltou:
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um pezinho de dança...
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e a atuação de um exímio tocador de muleta.

Para uns a noite foi como foi e para outros, sabe-se lá como...

Domingo, 5 de Fevereiro de 2012:
Depois de nos levantarmos tarde, abalámos para comprar uns churrascos e daí para uma zona de lazer onde fizemos o piquenique da praxe, onde a boa disposição imperou, como é costume nos vários encontros organizados por este grupo.
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No final, regressámos às nossas casas com as baterias carregadas para mais uma semana de trabalho e esperando por outro encontro.